terça-feira, 25 de outubro de 2011

-justabit.

- Me ama?
- Não.
- Explique sua resposta.
- Explique sua pergunta.
- Por quê?
- Porque sim.
- Por quê: “porque sim”?
- Porque sim, pô.
- Sim, então.
- Sim então não.
- Por que não?
- Porque não!
- Por quê: “porque não!”?
- Porque o “não” sempre vem antes do “sim”.
- Sempre?
- É. Sempre.
- (Suspiro).
- Sempre começamos negando, até o que mais queremos afirmar.
- Negamos mesmo, ou só escondemos?
- Os dois, mas é mais fácil negar pra esconder. Não achas?
- É mais fácil não esconder.
- Tá certo.
- Mas se negamos, temos um motivo.
- Acho que nada que é negado, tem motivo.
- Se é negado, não existe né?
- É bem por aí.
- Então, negamos sempre antes de afirmar?
- Aham. Por aí.
- Aham ou sim?
- Sim!
- Viu como não é sempre que o “não” vem antes do sim.
- Não é sempre, só quando não é pra ficar na cara. Sabe?
- Sei. Me ama?
- Só um pouquinho.
- Boa noite.
- Boa noite também. Dorme bem.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

whateverhappens.

Acontece que se não pensar, penso.
Acontece que se aquela música escutar, penso.
Acontece que se naquele caminho andar, penso.
Acontece que se passar por aquele lugar, penso.
Acontece que se aquele cheiro sentir, penso.
Acontece que se certa frase ouvir, penso.
Acontece que se aquela comida comer, penso.
Acontece que se aquela bebida beber, penso.
Acontece que se aquele filme assistir, penso.
Acontece que se aquela roupa vestir, penso.
Acontece que se aquele tênis calçar, penso.
Acontece que se daquele jeito deitar, penso.
Acontece que se naquilo tudo falar, penso.
Acontece que se não querer pensar, penso.
Acontece que se acontecer de não lembrar, lembro. Se acontecer de esquecer, relembro.
Acontece que se acontecer de desistir, calma, isso não aconteceria.

Aconteça o que acontecer, isso é só realidade.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

"iwantgoodorbadiwant?"

Bem, te quero bem. Tão bem quanto bem é, estar bem.
Bem, eu te quero muito, Bem.
Bem, eu te quero bem ao meu lado. Vem Bem, vem bem para o meu lado, pára e fica bem. Não sai mais.
Bem, eu quero te ver bem, assim como o bem estar que sinto quando estou bem aconchegado no bem do seu colo.
Bem, não sei mais o que é o mal. Sabe por que Bem?
Pois bem, depois que te encontrei, além de buscar só o bem pra ti, busco o bem para nós, e é isso que nos faz bem maiores de qualquer valor que tenham quaisquer outros bens, eles não importam mais. E bem que podiam não importar pra ninguém.
Mas Bem, meu coração não é uma flor e nele não tem "bem me quer ou mal me quer?", nele só existe uma hipótese e um querer, o bem. O seu bem. Você Bem. Então, faça-o bem.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

[...]

E se fosse pra ser, não seria.
E se fosse pra ficar, eu iria.
E se fosse pra ver, lamentaria.
E se fosse pra perder, me esforçaria.

Mas se fosse pra ser, tentaria.
Mas se fosse pra ficar, gostaria.
Mas se fosse pra ver, eu sorria.
Mas se fosse pra perder, lutaria.

Se fosse pra ser, queria.
Se fosse pra ficar, cá estaria.
Se fosse pra ver, alegria.
Se fosse pra perder, ganharia.

Com uma certeza. Viveria.

[Continuarei.]

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

allornothing.

Tudo ou nada, depende o ponto de vista.
Às vezes, dispostos à tudo, fazemos nada. As vezes não tanto dispostos, fazemos de tudo.
Às vezes nem precisamos fazer muito. Nem pouco.
Às vezes, queremos nada e nos dispõe tudo.
Padecemos ao nada, almejando o tudo, como sempre fazemos. Mas quem sabe do tudo, só sobre um pouco, que de tão pouco acha que é nada. E por achar que é nada se torna tudo.
E tem o nada, que se diz tudo, pensando ser o que não é. Se vendo como o que não parece. Mostrando o que nem ele consegue enxergar. Falando o que nem ele é disposto à escutar. E segue achando, que de tudo sabe um pouco, mas esquece que de pouco sabe é nada.
Existe também o tudo que parece ser nada, e que de não saber que é tudo, se torna ainda mais tudo, depois que descobrimos como esse tudo é imenso.
Quem sabe, nada tenha sentido. Nem escrever sobre o nada, mesmo sabendo que tudo tem um sentido.
Quem sabe também, tudo seja nada, assim como nada seja tudo.

Quem sabe mesmo, sabe que às vezes, o tudo que nós queremos, se considera um nada, que nada adianta falar, será sempre nosso tudo.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

theimportant.

Falar de amor não é amar. E nunca vai ser.
É como você querer escutar o que sabe que vão te dizer.
Vão te explicar de todos os jeitos e todas as formas, e mesmo assim, no fim, você dirá que o que menos lhe importa são as normas.
Mas não adianta se obstinar sempre à mesma ideia, achando que ela é sempre a correta. Observe todos os pontos e vá concluindo que se a ideia é certa, logo se tornará concreta.
E se for pra ser igual, olhando pelo mesmo ponto, mesmo lado. Vai aglomerar um milhão de ideias e no fim dizer que tá tudo errado.
Indo pelo mesmo caminho, só pra chegar a algum resultado. Sabendo que o certo nunca foi ser apressado.
Esquecendo que pra ser vivido, o importante, é o caminho percorrido.