quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

ihatemath.

A ordem dos fatores não altera o produto.

Ainda mais quando o produto não quer ser alterado, não pensa em ser alterado. Mesmo que os fatores cresçam ou diminuam, queiram ou não queiram, sejam melhores ou não. O produto final continua igual. E o motivo disso, não são os fatores, nem o que neles altera, o errado é o resultado que não pensa em mudar.

Sim ou não, é diferente de nada, e a diferença é muito grande. Mas isso não muda. Um nada que vira sim, não adianta. As coisas acabam sempre igual, como uma conta que você cansou de fazer e tem o resultado decorado, na ponta da língua. Língua qual, não cansa de falar que é nada. Entendeu?

A matemática disso tudo não é o que interessa, nem mesmo o total, o que me importa é a resposta final, mas ela não vem.

Pois então, não me venha com contas, problemas ou explicações. Fique sabendo, eu detesto matemática.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

ithinkofyou.

Mostraria de uma vez por todas, todo o lado bom da história, todo o final feliz do filme, depois do: "E foram felizes para sempre". Poxa vida, não preciso te explicar isso, não preciso argumentar contigo quanto a isso, me diz que você não sabe, me prova que não acredita quando eu falo que o complicado é sempre melhor, que o importante não é só a beleza, que a vida não é feita só de coisas boas.

Acreditaria na ideia de que as coisas seriam diferentes. Pensaria em fazer algo, em não deixar as coisas tomarem o destino que tomam. Eu tentaria fazer com que elas tomassem um caminho certo. Só que todas as vezes que tento desviar meu pensamento, para tentar bolar uma boa ideia para que as coisas se concretizem, penso em você. Isso não é uma daquelas canções melosas ou aqueles textos apaixonados que tem um final feliz, é a completa realidade, não vem outra coisa na cabeça.

Nunca diria uma coisa desse tipo, nesse modo, se não tivesse completa certeza do que falo. Pode parecer estranho, na realidade é, sinta-se honrada, não escrevo assim, tenha certeza.

Uma única vez seria essa, a que eu falaria como tudo pode ser, como tudo deve ser. Só que é necessário algo mais, mais força, força redobrada, entende? Aí então, não ia mais ter a dúvida de como seria se fosse, como poderia ser se acontecesse e se faria sentido toda essa discussão. Mas deixo claro, é incômodo ficar tão perto e tão longe ao mesmo tempo.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

timepasses.

Ando dando valor para coisas cada vez mais sem sentido. Não aceito a falta, busco sempre o auge, a redenção, o ápice, procuro e quero encontrar tudo, sempre tudo.

Cada nova inda ou vinda da vida, fico me escorando, sem saber o real motivo. Me escorando não por cansaço ou falta de vontade, mas sim, para ver e não deixar passar o que quero, nunca.

O período de decisão, para uma coisa que realmente quero é demorado, mas na maioria das vezes acontece como o esperado e logo está ali, um novo desafio. Embarco em busca dele, como se fosse um tesouro e não canso até encontrá-lo.

O problema é que não sei se os tesouros que ando querendo encontrar, deveriam receber tamanho valor. Não sei se eles queriam receber esse mesmo valor que os dou. Não sei se eles queriam que eu os procurasse. Não sei se eles queriam ser encontrados.

Ultimamente acabei dando maior valor às coisas não ditas, à coisas deixadas no ar, do que à coisas que encostam em meus olhos e não me deixo enxergar.

Acabei dando foco à coisas que antes não me interessavam, não me arrependo disso, me arrependo de ter perdido o foco para outras que poderiam ou deveriam ser mais importantes.

Mas tudo bem, o tempo passa, as coisas acabam mudando, talvez tão rápidas que acabo sem notar e quando deparo, levo um choque sem tamanho. Não é o choque que me assusta, é a tamanha diferença que elas se encontram e o porquê disso ter acontecido em tão pouco tempo.

Vi algumas chances passarem, mas nunca perdi nenhuma, as que passaram sem notar é que me perderam.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

incredible.

No meu tempo de escola, sempre tinha aquela professora que pedia que desenhássemos o nosso sonho. Como se fosse fácil traduzir para um papel o que mais queríamos, como se um desenho demostrasse tudo o que aquilo nos passava, todo o significado que tinha. Mas desenhávamos, as vezes era mais demorado, outras vezes mais rápido, dependia da nossa visão perante o sonho. Um desenho mais elaborado, com muitos detalhes, era sempre o resultado final no papel.
Os desenhos mudavam com o passar dos anos. Sim, o desenho que mudava, nosso sonho não.
Nem sempre era só um sonho, tinham vezes que passava mais tempo pensando no que desenhar como seria o meu sonho do que desenhando literalmente. Só pra ter certeza que a professora não fosse entender errado, entende? Pois é, naquele tempo imaginávamos que as professoras sabiam de tudo, entendiam tudo, eram os seres mais sábios. Mal sabíamos nós que as professores não davam bola para o que o desenho significava pra nós, elas queriam saber se a pintura tinha ficado boa, se existia chão, se o céu tinha sido pintado de azul-fraco, se o homenzinho não era homem-palito e se tínhamos colocado o nosso nome, a turma e a data.
Hoje em dia, não temos o costume de desenhar nossos sonhos, já somos capazes de lutarmos por eles. Crescemos e descobrimos que o que antes chamávamos de sonho, hoje chamamos de cotidiano, de dia-a-dia, de rotina.
Particularmente, tenho um sonho para cada letra do alfabeto. Alguns são frases, outros palavras e uns nomes. Em cada junção de palavras, formaria um desenho diferente. Em cada desenho, algo estaria centralizado, uma palavra descreveria-lo. O problema é quando não conseguimos desenhar nada, nem escrever.
Indescritível. Inexplicável. Incrível.
Não consigo desenhar, mas a imagem não sai da minha cabeça.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

fly.

Não ter asas é o que te impede de voar?
Uma mentira tão bem contada que se tornou uma verdade discutível. Só que a ideia do "discutível" é para se seguir - opinar, dar uma versão, outra, outra ideia -. Não é isso o que acontece hoje em dia. Uns dizem algo, outros acreditam e repassam, por mais inútil que seja, repassam o recado, como uma secretária eletrônica-humana, sem nenhum filtro de como falar ou o porquê.
Sinceramente, penso que o nosso medo pode nos segurar ou até nos derrubar, mas sempre o imagino como um combustível a mais. Uma forma diferente de nos fazer ter mais cuidado com o que vem ou o que buscamos.
O medo de ler alguma história, algum livro, alguma redação ou até mesmo um texto, pode te impedir de fazê-lo, mas não te impede de ter vontade disso.
Ter insegurança de ir falar com aquela mulher que você sempre procura achar - por fotos, por festas, aonde for - não vai te fazer não querer chegar nela só pra dizer um: "-Oi, como vai?" Só pra ver no olho dela, ou melhor, através dos olhos dela, como você é medroso. Medroso pra algumas coisas, pra certas coisas, mesmo se dizendo valente e sendo, pra outras, tantas outras.
Você nunca vai entender o motivo de tanto querer uma coisa, se você nunca tentar consegui-la.
Você só vai conseguir conquistar algo quando o seu medo se tornar respeito, e esse respeito for imposto à o que você busca e retornar.
Busque seus sonhos.
Seja seguro.
Respeite.
Voe.