quinta-feira, 28 de julho de 2011

rememberthatperfume?

Lembra daquele perfume?
Aquele que eu falei que não conseguia gostar?
Ele não quer mais sair daqui,
o cheiro não sai de perto de mim,
parece impregnado nas minhas roupas, no meu nariz,
na minha cabeça, quem sabe.
A verdade é que eu não o detestava,
não, não é isso.
A realidade é que ainda não estava acostumado com ele.
Pode até ser estranho,
mas hoje, o sinto por aí,
solto pelo ar, grudado em mim.
E o mais deslumbrante é que gosto disso.
Sim gosto, simplesmente gosto.
Sei que não é a sua essência que me atrai,
muito menos sua fragância,
a verdade é que ele me conquistou pela lembrança.
Isso.
Tudo o que lembro quando o sinto.
É incrível.
Sabe o seu perfume?
Ele está em mim.
Sabe o seu perfume?
Comecei a gostar dele.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

willunderstand.

Sabe?
Vejo aí, uma porção de pessoas procurando.
É, procurando.
Buscando e tentando.
Querendo achar.
O problema maior é que não sabem o quê.
Verdade.
Não sabem qual é a finalidade.
Vão atrás de uma coisa que não viram.
Amam uma coisa que nem provaram.
Detestam outras que desconhecem.
Sonham de olhos abertos por algo que nem sabem se existe.
Claro.
Isso não tem nada a ver com fé ou devoção.
Tem muito mais a ver com a contradição, contradição de todas essas pessoas-fantoches, que querem o certo a qualquer custo.
Mas, ainda assim, continuam sem saber o que é o errado.
Inventam um milhão de coisas e histórias para desvirtuar do que tanto procuram.
Como se deixassem isso de lado.
Como se, agora, não "dessem" mais bola.
Burrice.
Depois ainda se perguntam o porquê de ninguém querer parar para entender ou querer escutar.
É óbvio.
Sempre a mesma história repetida e remoída, despejada e amarrada como uma carapuça na cabeça de quem tem a bondade de querer escutar.
Transparente.
Não sabem se explicar, não sabem o que querem.
Mas querem.
Vai entender.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

sarcasmorirony.

Na verdade não é o tempo que passa rápido,
é como aproveitaste ele.
Na verdade não é o que você deixou de fazer,
é tudo o que você já fez.
Na verdade não é o que você cumpriu ou não,
é o que você prometeu.
Na verdade não é o que você vai dizer,
é o que vão dizer por você.
Na verdade não é o que você já disse,
é a maneira com que isso chega ao destino.
Na verdade não é o que você escreve ou não,
é tudo o que você pensa.
Na verdade não é a sua opinião que vai mudar,
é o que os outros vão querer achar dela.
Na verdade não é o que você demonstrar ser,
é o que você realmente é.
Na realidade não é sarcasmo ou ironia,
é falta deles.
Na verdade não é o mundo que está perdido,
são as pessoas que ainda não o encontraram.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

careful.

Meus sentidos não sentem,
meus pensamentos não pensam,
meu amor não ama,
o bastante.
Mas começou a aprender.
Fique atenta, uma hora ele bate na sua porta,
você abre,
ele entra como um tufão de vento,
um tufão de um ar-doce que quase te põe ao chão,
mas diferente de todos, não te deixa ali, sozinha.
Não.
Ele fica,
por entre você, por entre sua pele,
diante de tudo o que você antes só olhava e não via,
ou via e não percebia.
Está contigo agora, aí.
Cuide dele, não deixe-o ir embora,
o faça perceber que aí é seu lugar.
Cuidado, escutei algo na sua porta.

terça-feira, 19 de julho de 2011

andtoday.

Seu celular tocou, era uma nova mensagem,
daquela que ele jurava ser o seu amor, não correspondido
(um sentimento inseguro tomou conta dele).
Agarrou-o ao bolso e trouxe perto de sua vista,
ela não escrevera nada que poderia o denegrir,
digitara que era pra ele pensar nela e nunca esquecê-la.
Pois é, a sensação de insegurança e/ou medo, foi completamente errônea.
Então ele sorriu e disse:
-Nem que eu lute, eu vencerei da minha própria vontade.
Seus colegas perguntaram o quê, sem terem noção de nada,
ele sorriu e eles sorriram, mesmo sem saberem o motivo.
Assim, ele era admirável.
E hoje, a luta dele é em favor dela. E só dela.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

don'tstop!

Tanta gente que acha, que falta gente pra perder.
Tanta gente que perde, que falta gente pra encontrar.
Tanta gente que encontra, que falta gente pra mostrar o quê.
Tanta gente que mostra, que falta gente pra ver.
Tanta gente que vê, que falta gente pra perceber.
Tanta gente que percebe, que falta gente pra tentar.
Tanta gente que tenta, que falta gente que ache que pode mais.
Tanta gente aí, parada.
Não, pare!
Não pare!

you'rebeautiful.

Fiquei sabendo que você quer tudo o que eu quero, ou mais. Até o fim, se existir. Com tudo que há de belo nisso. E todas as coisas grotescas e sem sentido, que se pode encontrar.
Fiquei sabendo que você passou a noite ou parte dela, em um colchão, jogado, e você jogada, na sala. Acordada quem sabe. Pensando, talvez em mim. Querendo, talvez o nós. Vendo aquele filme que faz você lembrar, o que você não esquece. Não entendendo nada do que está se passando naquela cena. Omitindo pro seu próprio travesseiro que não me queria deitado nele, do seu lado. Escondendo do seu próprio cobertor, que nem uma dúzia dele te aquece como eu aqueço. Mentindo pra si mesma que estou distante de te agradar tanto assim.
Bom, você sabe que eu sei que você sabe e sei que você sabe que eu também sei. E sim, eu acho que a gente perde tempo demais, pensando em coisas pra dizer, quando na verdade a nossa vontade é não falar nada. Mas é necessário. Você quer que eu fale, você gosta de ouvir. Seus olhos mostram isso, além da sua boca, até seus olhos sorriem pra mim. É lindo isso. Você é linda.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

ifso.

E depois do trabalho, eu, exausto;
Pegava o caminho de volta pra casa ainda com um sorriso no rosto.
Sabendo que você já estaria me esperando, com um sorriso sem fim, me procurando.
Querendo achar e logo achando.
Apaixonada, sem noção de medo algum.
Encantada por saber que não sou só mais um.
Mas o caminho, longo e movimentado. Daquele jeito, todo acinzentado.
Já não era tão distante ao certo. Por tua culpa assim, parecia estar mais perto.
Atravessava uma, depois da segunda já chegava na minha rua.
Caminhava mais. Queria te encontrar, pra ficar em paz.
Longe ou perto. Errado ou certo.
Já dei a dica, e sei que você sabe aonde fica.
Tudo o que você procurou e não sabe mais aonde pode encontrar.
Estou aqui e afim de te mostrar.
Então, chegava. Te olhava. Queria. Sorria. Feliz, enfim. Se fosse assim.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

...

E com um simples toque ele mostrou tudo o que ela queria ver,
e ela sentiu o que jamais antes sentira.
Ele quase a sufocara contra seu peito,
e ela gostara de toda aquela melancolia que ele costumara demonstrar.
Ele fazia de tudo para vê-la e ficar com ela.
Ela tinha medo por ser amor demais...

quinta-feira, 7 de julho de 2011

together.

Só humildes palavras à dizer.
Sei que não se há mais tanto tempo, pra ficarmos ali, sentados, esperando o sol se pôr. Afinal, crescemos. Somos independentes, eu diria. Temos responsabilidades. Deveres. Mesmo assim, precisamos desse tempo que parece inexistente, mas não é. Precisamos dele, pra nos aproximarmos. Ficarmos perto. Sentir e guardar o cheiro.
Não somos mais crianças, com sonhos esdrúxulos ou impossíveis. Como construir castelos cheios de torres, ou partir para a floresta só com a roupa do corpo e lá, se habituar facilmente.
Queremos mesmo é aprender. Estudamos. Trabalhamos. Seguimos em busca da nossa felicidade. Isso é o que queremos.
Poderíamos nos ver todos os dias, ou quase todos. Nem que fosse por duas horas, ou por dois minutos. Vários abraços ou poucos, não mudaria. Todos teriam o mesmo afeto, todos seriam "o abraço". Beijões ou beijos, sem mudança. Todos com o mesmo gosto, todos com o mesmo carinho de um beijo.
Conseguiríamos um tempo. Obviamente.
Teríamos motivo e razão para conversar, da forma que fosse. Assunto não faltaria.
Saberíamos pouco, ou muito, mas saberíamos.
O resultado do jogo do seu time, diferente do meu. A música que você gosta e eu nem conheço. O lugar que você já foi e eu não sei aonde fica. A pessoa que você conhece e eu nunca ouvi falar.
Enfim, estaríamos juntos, na calmaria do pôr do sol ou no silêncio da sempre bem-vinda solidão. Juntos.

domingo, 3 de julho de 2011

remember.

Agora que você percebeu que não é uma personagem, que não faz parte de um conto de fadas, que não existe o "era uma vez" e o "e foram felizes para sempre", você pensa como pôde ter acreditado no que ouvia desde sempre.
Agora que você vive no mundo real, e começa à descobrir como ele é, começa a notar, coisas que por sua vez, deveria esquecer.
Esqueça do seu drama, não vão querer o que não querem só por conta dele. Esqueça toda essa sua solidão, não vão querer estar perto de você só por se dizer só. Esqueça a sua forma de complicar, ou se dizer assim, não vão te achar inteligente por dizer ser complicada. Esqueça sua chamada "rebeldia" que não chega à lugar algum com toda sua falta de atitude. Esqueça toda essa sua saudade, se você não faz nada para ficar perto. Esqueça seu modo de falar, se nem você entende suas palavras. Esqueça sua forma de tentar, se você nunca quis realmente o que disse querer. Esqueça tudo o que quiser, mas não esqueça de lembrar. Lembre-se.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

smiledatme.

Eu gosto de te ver séria.
Sua boca, seus dentes, sua expressão, sua maneira. Tudo tão lindo. Seu sorriso é deslumbrante. Mas mesmo assim, não sei o que me faz não aceitar ele.
É claro que eu gosto, mais que isso, eu adoro, é inevitável. O motivo disso deve ser por querer que fosse meu. Fosse pra mim.
Como um prêmio por uma coisa certa que fiz. Por uma demonstração de carinho sem querer. Por um abraço apertado pra esquecer a saudade. Por um beijo na testa. Um grito de gol. Um sorriso, depois de lágrimas de emoção pela flor que acabara de receber. Pelo chocolate quente que você sabe que eu não bebo.
Mas você pode sorrir estando séria. Não acha?
Mesmo não querendo, mesmo que não deva, sorria.
Não que eu vá gostar de te ver sorrindo para o mundo todo. O mundo é grande, não há possibilidade de sorrir sempre. Quem faz isso ganha outro nome. Falso ou falsa, depende. Também não quero não te deixar sorrir. Não te ver sorrir. Porque isso quero muito. E quero mesmo, muito, é te fazer sorrir.
Sorria pra mim.
Pelo café na cama. O bilhete na cabeceira. Pela mensagem recebida no amanhecer frio. Um sorriso, mesmo depois da piada sem graça, só pra mostrar que prestou atenção e continua me achando engraçado (mesmo sabendo que não sou). Pelo dia inteiro juntos.
Enfim, sorrindo ou não, que seja pra mim.