quinta-feira, 30 de junho de 2011

notthatyoudonotwant.

Sorrio sozinho aqui, toda vez que leio essas suas escritas, um tanto quanto complicadas de se entender, mas que tem tanto sentido pra você, e, mesmo assim, você não sabe o quão sentido tem pra mim. Nem sabe quanto procuro elas, até encontrar. Leio mais de uma vez pra entender bem, pra ficar bem, pra ficar feliz. Sabendo que você escreve pra mim, sabendo que sou eu o alvo à qual se refere. Fico imaginando. Reflito e penso, será?
Me alegro toda vez que vejo você escrever de um jeito disfarçado, de um modo que poucos entendam o que realmente quer falar (pra mim), pra pensarem que isso tudo é pra alguém que ainda está por vir, pra alguém que você espera que chegue um dia, quem sabe. (Mas tô aqui, esperando. Vai demorar muito pra sair de casa? Vamos de uma vez, gosto de ser pontual.)
Sim, dou risada da sua cara, não posso negar. Mas isso não quer dizer que eu seja um mau caráter, um safado, ou qualquer outra coisa que você vai me chamar. Isso só quer dizer que eu estou feliz, em saber disso. Feliz em te ver colocando sua cara à tapa, pra ver se, de uma vez por todas, consegue me ganhar, me levar contigo, me roubar pra ti, pra (como você diz) nunca mais devolver. Não é isso que você quer?
Mas que fique claro:
Quando falo que não atendo, é pra não parar de ligar. Quando falo que dúvido, é só pra fazer você me provar. Quando te peço um pouco, é porque eu quero tudo que pode me dar. Quando tento me esconder, é porque eu só quero te mostrar, o que eu ainda sou.
Prometo aqui, na próxima vez (tentar), não falar tanto, não fazer tantas perguntas, não te deixar sem resposta, não te abraçar tão forte. Não que você não queira. Mas, prometo.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

nowadays.

Como disse, começo a pergunta já sabendo a resposta. E não gosto quando não respondem, se for assim, prefiro que omitam, mas ao menos me digam algo.
Esconder a verdade não é certo, mas em variadas vezes, necessário. Mesmo assim, algumas vezes, a verdade está tão na cara que não ficamos dispostos a aceitar, ou então, continuamos omitindo, cada vez mais vezes e com mais intensidade.
Diversos momentos, em conversas grupais e coisas do gênero, fico observando os envolvidos, para ver a forma como e o porquê que cada um demonstra certas coisas. Fico maravilhado por diversas vezes, ao ver como essa geração tem criatividade ao discutir certos assuntos (quem sabe) vagos. Orgulhoso (eu diria) em pensar que em muitas vezes usam dessa tal criatividade só para o bem. Maravilhado demais, ao ponto de entristecer de tal forma, quando percebo que toda essa criatividade resulta em muito pouca ou nenhuma atitude. É catastrófico.
Pois bem. Partindo do ponto que, hoje em dia, não se tem mais atitude, podemos dizer que as pessoas têm medo de correr atrás do que realmente querem. Não que elas não tentem conquistar, mas, a tentativa é mínima e nenhum pouco notável.
Sendo assim, como vou fazer uma pergunta completamente direta e receber uma resposta à altura? Pois é.
Hoje em dia. Parece que se tem regras para seguir, e, continuamos isentos de disposição para quebrá-las. Não se faz mais regras, só se jogo o mesmo jogo.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

addictsliving.

O céu com sua cor clara, que nos faz espremer os olhos para tentar admirá-lo, completa e contempla nossa visão para, quem sabe, um novo triunfo.
O vento lá fora sopra forte e encontra as folhas verdes da árvore em frente ao edifício salmão. Não que vá fazer alguma diferença, mas, que bela construção.
Não demora e imaginamos quem teve a esplêndida idéia de começar esse projeto. Por que fez cinco andares e não oito? Por que salmão e não verde? Por que aí, nesse lugar? Quem foi que desenhou? Como começou o projeto?
Quem sabe foi uma pessoal normal, sem qualquer estudo para isso, só com muita vontade e dedicação, para se dar melhor na vida. Para poder se orgulhar de algo. Quem sabe só tenha a quarta série e fez uma obra deslumbrante como essa. Quem sabe nem tenha estudo algum. Seja só dedicação, esforço e trabalho. Poxa, quem sabe, não?
O telhado alaranjado da casa da esquina dá a dimensão do tempo que passou e faz com que nosso pensamento retorne a tudo que já deixamos para trás, a toda água que rolou, tudo o que fizemos e deixamos de fazer.
A rua acinzentada, sempre muito movimentada, nos passa a idéia do número de habitantes no mundo. Esses quais, muitos dão duro para ter o melhor pra si, muitos dão a vida para ter o melhor para quem os rodeia, e, infelizmente, muitos acabam sem fazer nada.
É a velha história de luta; Batalha; Também de risco. Mas de vitória.
A luta não vai ser em vão enquanto colocarmos vontade e quisermos vencer. A batalha vai ser finalizada depois de muito chão, muito cair-levantar. Os riscos são grandes e sempre serão, afinal, é vida. Enquanto isso, vamos vencendo.
Depois de provar do gosto da vitória, viciamos e queremos mais, sempre mais, muito mais. Não podemos parar e não vamos, somos viciados em vitória, somos viciados na vida, viciados em viver.

terça-feira, 21 de junho de 2011

that.

Já questionei, o que eu já sabia.
Já fiz piada, com o que não devia.
Já comecei a pergunta, sabendo a resposta.
Já tive preguiça, hoje, detesto gente preguiçosa.
Já dei risada, do que não se dá.
Já julguei o errado, sabendo que ele tava tentando acertar.
Já pensei que era e não foi.
Já fiquei parado no mesmo lugar, só pra ver se ganhava um oi.
Já esperei, o que não chegou.
Já mantive a esperança quando ninguém mais tentou.
Já dei destino quando não se tinha caminho.
Já mandei darem amor, para o que eu nem dava carinho.
Já pensei no futuro quando não tinha presente.
Já presenciei pessoas falando mal da sua própria gente.
Já quis ser, o que não podia.
Já pensei querer, e, na verdade não queria.
Já pedi desculpas, sem nada ter feito.
Já errei muito, e toda vez, segurei no peito.
Já desculpei, quando eu mesmo errei.
Já tentei, muito mais vezes que acertei.
Já disse, e depois me arrependi.
Já achei que o futuro, era logo ali.
Já parei de calcular, deixei acontecer.
Já entendi que tem coisa que não dá pra entender.
Já pensei em parar e pensei porquê pensar nisso.
Já escutei dizerem que não tenho motivo algum, pra escrever, isso.

domingo, 19 de junho de 2011

reminded.

Criou uma história de um tipo de vida, que não levava. Só pra esconder a verdade de viver sua vida.
Queria tudo o que sempre falou, mas ninguém escutou. Queria que escutassem. Escutaram.
Criou uma maneira de viver essa vida que não queria, pra esconder de todos o que realmente queria que fosse.
Se escondeu no seu próprio jeito. Esqueceu o jeito que era e como era.

Tentou lembrar.
Lembrou.
Não esqueceu o que sempre quis, como quis, e a forma que quis, nem a intensidade de tudo isso.
Agora, mudando, começa a mostrar o porquê de certas coisas que fez. Quer mostrar o porquê de querer isso. Vai fazer de tudo, pra que novamente escutem. Mais do que só escutem, vai fazer de tudo para que vejam. E para que sintam. Não, para que sinta. Para que só uma pessoa dessas sinta.
Essa pessoa, não é qualquer.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

livingsurvive.

Já disseram que o maior risco da vida é tomar precauções demais.
Mas quando queremos tanto algo, deixamos de perceber o que vamos deixar para trás, para ter aquele tão sonhado "bem". Não importa o valor que tenha, material, espiritual, físico. Só queremos.
A partir daí pensamos em tudo que podemos mudar para ter aquilo que desejamos. Pensamos no que podemos mudar desde o nosso jeito de ser, nas situações que praticamos, e até no que falamos diariamente, e sim, tentamos mudar. Tentamos nos moldar à esse algo. Enfim, nos apegamos.
Nosso apego chega agarrando o que vem pela frente sem perceber. Quando nos damos por conta, queremos voltar atrás.
Então, praticamos o desapego. Tentamos abandonar essa tal necessidade de possuir, de ter, de vencer a todo o custo.
E nos damos conta que aí está o motivo para tomarmos tantas precauções assim, o tempo todo. Mas devíamos viver mais e não só sobreviver.
Vida não é carro, que tem test-drive. Vida não é jogo, que pode parar e voltar a jogar quando der vontade.
Viva mais do que sobreviva. Ou melhor. Sobreviva vivendo.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

generationaction-reaction.

O que aconteceu nesse mundo?
Gente legal é puxa-saco. Não pode gostar e dizer que gosta, se disser, é bajulação. Como assim, e a opinião? E o ponto de vista? Não. Não pode ter mais isso? Não. Pelo jeito não.
Cada um faz por si, cada um por si. A história não é essa? Então, faz a tua aí que eu faço a minha aqui.
Críticas não fazem nada, só tentam colocar lá pra baixo uma coisa que nem está em lugar algum. Nem quer estar. Quer ficar longe disso tudo. Longe desse mundo. Quer ser invisível.
Então, fazendo a tua, e só a tua, só deixa.
Difícil deixar estar, deixar ficar, pra quem só quer ver gente caindo, mesmo sem saber o porquê, sem ter motivo pra querer isso, ou ter. Quanto mais gente caindo, mais fácil pra chegar numa pensada "redenção", pra chegar no topo (imaginário). Mas aonde fica esse topo? E pra quê chegar lá? O que vai mudar? Pare de sonhar, porque aqui, nesse mundo, isso não existe.
Geração ação-reação.
Toda e qualquer ação tomada necessita de uma reação de igual intensidade, ou [nesse caso (ou mundo)] maior. Não querem nem saber se isso pode estar errado. Só querem reagir à uma ação que em mínimas circunstâncias pode remeter à algo que falaram ou deixaram de falar. Pessoas que usam de indiretas, acham que tudo é indireta. Mas não é assim.
A reação volta na mesma direção? Nem sempre. Já vi vindo de baixo e derrubando quem (acha que) "tá em cima". As que vem de cima só querem os de baixo mais longe, no "buraco". E o sentido é sempre contrário, não adianta. Um contra o outro. Dois contra o outro, vários contra o outro algumas vezes.
Ação gera reação, errada ou não, mas sempre gera.
Muito rei pra pouco trono. Esse mundo é isso aí e só isso aí. Não adianta, não fecho com isso. Não faço parte desse mundo.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

itis.

Esperei por uma ligação que não veio.
Por um aviso de como estava, de como foi o dia, do que fez, o que passou, como ficou, mas não chegou.
Fiquei me perguntando o tempo todo se pensava, se via aonde olhava, se queria ver, se procurava encontrar.
Olha só. Três dias não são nada comparado à três anos, não é? Não, é.
Pra confortar, poderia ressaltar que era longe, que não dava tempo, que não tinha como. Mas poxa, como assim?
Tudo bem, eu entendo. Sempre tento entender.
Mas por que não me dar notícias?
Quer me deixar preocupado ou quer ver se eu fico?
Mas, eu não preciso mais te provar essas coisas, digamos que "pequenas". Poxa, tem como entender?
Sim, eu sou ciumento; não, não acho isso muito certo; mas se for, dessa forma que sinto, ciúmes é bom.
Sim, eu quero. Sim eu sinto falta.
É você? Sim. É sim.